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segunda-feira, 8 de setembro de 2025

O amor mais puro

O único consolo de uma geração que sofre em uma escuridão espiritual sem precedentes é que a luz chegará em breve, se D'us quiser.

Rabino Shalom Arush

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A Guemará nos diz que a escuridão mais densa precede o amanhecer. O único consolo de uma geração que sofre em uma escuridão espiritual sem precedentes é que a luz chegará em breve, se D'us quiser.

A inclinação ao mal nunca foi tão forte, e a escuridão espiritual e moral nunca foi tão profunda. Já é difícil por si só quando uma pessoa nasce na Sibéria ou na selva amazônica e nunca ouviu falar do judaísmo. Não estou me referindo a essas pessoas, mas sim a judeus observantes da Torá — até mesmo rabinos — que foram dominados pela inclinação ao mal por meio de fantasias e acabam fazendo exatamente o oposto do que a Torá ensina.

Como saber se alguém está realmente cumprindo seus deveres de acordo com a Torá? Há uma pergunta de diagnóstico rápido que todos podem se fazer: tenho *shalom bait*, paz no lar matrimonial? Se a resposta for negativa, então é preciso começar a estabelecer prioridades, deixando de lado todo o resto e concentrando-se em construir um casamento feliz. Não há nada mais importante — nem mesmo o estudo da Torá. A paz conjugal é a prova mais clara de que uma pessoa está vivendo conforme os ensinamentos da Torá. E a ausência de paz matrimonial demonstra exatamente o contrário. Quando alguém não vive aquilo que aprende, seu aprendizado passa para o lado escuro, o *sitra ajra*. Por essa razão, a paz conjugal é um pré-requisito absoluto para o crescimento na Torá.

Como pode uma pessoa afirmar ser um erudito da Torá ou um líder espiritual se não ama o próximo — que é o mandamento mais básico de todos? Os sorrisos e a amabilidade devem começar em casa, onde não há plateia aplaudindo nem exposição pública. Se você quer saber quem uma pessoa realmente é, observe como ela age com sua esposa em casa, não como age quando prega do púlpito.

Muitos maridos só percebem seu erro quando já é quase tarde demais — depois de receberem ordens de restrição e notificações judiciais contra si. Ingenuamente, encolhem os ombros e me escrevem dizendo que não fizeram nada errado, que não bateram na esposa nem lhe negaram dinheiro. Será que um marido que não bateu nem deixou sua esposa passar fome pode ser chamado de "bom marido"? Obviamente, eles não leram o *Jardim da Paz* antes de se casar. A Guemará afirma que uma mulher só obtém satisfação por meio de seu marido. O bom marido é aquele que pensa nela, que a escuta e se esforça verdadeiramente para fazê-la feliz em todos os sentidos. Ele se levanta para ajudá-la. Nem estamos falando aqui do amor físico, que, em essência, não é amor, mas diversão.

A cabeça e o coração de um marido carinhoso devem estar livres de luxúria. Suas únicas motivações no relacionamento conjugal devem ser trazer felicidade à esposa e criar uma família. No momento em que ele busca satisfazer suas próprias necessidades, passa a ser um receptor e não um doador. Como o marido é o doador e a esposa é a receptora, quando ele se torna receptor, ela fica sem marido — e duas mulheres nunca se dão bem na mesma cozinha.

Todo homem deve saber que não há nenhuma dispensa na Torá para olhar para outras mulheres. A imagem de sua esposa deveria ser a única imagem presente em sua mente.

Então, o que fazer se você está mal no seu casamento? Dedique trinta minutos por dia de sua oração pessoal para pedir a Hashem que o ajude a cuidar dos seus olhos e a construir um relacionamento feliz com sua esposa. Santidade pessoal e doação a ela são as palavras-chave.

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