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quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Sorria… Estamos te filmando! – Vaetjanán


Naquele momento, de tudo o que menos temos vontade é de sorrir. Surge dentro de nós uma espécie de temor, e cada coisa que fazemos nos faz pensar duas vezes…

Naquele momento, de tudo o que menos temos vontade é de sorrir. Surge dentro de nós uma espécie de temor, e cada coisa que fazemos nos faz pensar duas vezes…

Sorria… Estamos te filmando.


A Parashá desta semana relata um acontecimento muito importante, especialmente para o povo judeu: Maamad Har Sinai — a congregação diante do Monte Sinai para receber a Torá. Naquele momento, o povo de Israel viu a glória de HaShem, ouviu Sua voz e elevou-se aos mais altos níveis espirituais. Os anjos colocaram coroas sobre suas cabeças, o instinto mau foi anulado neles, assim como a influência do anjo da morte. Todos, sem exceção, alcançaram um nível elevado de reconhecimento de HaShem, e foi muito intenso o aproximação que tiveram d'Ele.


O Rabino Saadia Gaon zt"l explica que nos Dez Mandamentos, recebidos pelos judeus no Monte Sinai, estão incluídos os 613 preceitos. Por isso, após recebê-los, comeram alimentos lácteos — já que não podiam consumir carne que não fosse Kasher. No Monte Sinai, receberam toda a Torá.


O Rab Ben David ensina que, justamente naquele momento tão elevado, quando se assemelhavam aos anjos, HaShem lhes disse: "Volvam às suas casas", mas tu (Moisés), permaneça comigo. A Moisés foi confiado permanecer ao lado de D'us, separado de sua casa e dos assuntos mundanos. Já aos israelitas foi confiado retornar às suas casas, às suas vidas cotidianas, não se separando da vida neste mundo.


Parece-nos dizer que esse retorno às casas, à vida comum, tem um objetivo muito importante: ao povo de Israel foi ordenado algo extremamente difícil — levar toda aquela atmosfera espiritual vivida no Monte Sinai para dentro de seus lares. "Conduzam suas vidas materiais de acordo com a Torá que agora receberam no Monte Sinai".


Dessa ideia, podemos aprender que não basta elogiar uma bela palestra ou discurso; devemos lembrar sempre do objetivo principal: apliquemos seus ensinamentos!


Diante de tudo isso, surge uma pergunta:

Qual é a fórmula para termos a certeza de que cumpriremos todos os preceitos?


Necessitamos de uma convicção muito forte e profunda em D'us. Mas, acima de tudo, é preciso aceitar sobre nós o "jugo do Céu" — ou seja, aceitar as ordens de HaShem e cumpri-las com reverência. Muitas vezes, agimos como se ninguém estivesse nos observando.


Nesses momentos, seria bom lembrar o que acontece quando entramos em um lugar onde há um cartaz que diz: "Sorria, estamos te filmando". Nesse instante, de tudo o que menos temos vontade é de sorrir. Surge dentro de nós uma espécie de temor, e cada ação que fazemos nos faz pensar: será que o dono do local está desconfiando de mim? Será que ele vai me chamar a atenção?


Podemos ilustrar isso com a seguinte história:

Certa vez, durante a celebração do casamento de seu filho, o pai do noivo tirou o paletó e começou a dançar. Quando o vestiu novamente, deparou-se com uma terrível surpresa: o dinheiro que guardara no bolso — destinado ao pagamento do salão e da orquestra — havia sumido. Ele ficou em dúvida: deveria interromper a festa, revistar cada convidado e descobrir quem furtou o dinheiro? Ou deveria ir até sua casa buscar mais dinheiro e continuar a comemoração?

Optou pela segunda opção. Não quis estragar a alegria do filho.


Dias depois, os pais da noiva e do noivo reuniram-se para assistir ao vídeo do casamento. Enquanto assistiam à projeção, viram claramente o pai do noivo tirando o paletó… e então apareceu o sogro — o pai da noiva — olhando para um lado e para o outro, certificando-se de que ninguém o observava, e furtando o dinheiro do bolso do paletó do genro… A câmera registrou tudo.


Se queremos evitar pecar, lembremo-nos:

D'us está nos filmando.


(Gentileza de www.tora.org.ar)

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